Há um ano, quando a minha filha mais
nova completava os seus onze, eu fiz um textão pra ela. Nesse texto (que você
pode ler aqui) eu falava o quanto a gente sente, quando percebe que os nossos
baixinhos logo, logo serão grandinhos. E de tudo o que me faria falta, o que
mais me deixaria com saudades seria aquele abraço gostoso que ela me dava,
sempre que eu abria a porta de casa.

Ficamos nós dois um tempão assim,
abraçados, sem nem lembrar que tinha gente perto. Os dois chorando. E o mais
legal aconteceu depois: no dia seguinte. E no outro, no outro, no outro, até
hoje.
Esse abraço deixou de ser só um
abraço. Daí em diante ela sabia o que isso significava pra mim. E queria me
lembrar que ela sentia a mesma coisa. Por isso, quando eu chegava em casa,
minha mocinha me via e avisava para eu me preparar. Ela voltava lá no quarto e
vinha correndo até a sala, pronta pra me derrubar. Se preciso, até esperava eu
largar as bolsas e as sacolas de lado.
Aquele abraço - esse que eu
continuo recebendo todo dia - é um presente que ela me dá. Um jeito dela me dizer
que nunca vai me abandonar, não importa o quanto ela cresça. Por isso eu
resolvi fazer esse texto, exatamente um ano depois.
Porque eu também quero dizer para
você, filha, nos seus 12 anos, que estarei sempre de braços abertos para você.
Para comemorar suas conquistas. Para amenizar suas dores. Para aliviar suas
dúvidas. Para te esquentar do frio. Não importa. Venha me abraçar sempre que
quiser, Mari, pra gente estar de novo juntos, desse jeito tão especial e tão
nosso. Nesse abraço que envolve até o coração.
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